quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Ficção

Sabe, por uma única vez, gostaria que você me entendesse. Eu gostaria de olhar para a Lua e te contar tudo que eu penso.  Eu realmente preciso colocar tudo pra fora. Todas as minhas piores histórias. Gostaria de que conseguisse contar meu medos,
minhas imperfeições, e você aceitasse. E então eu choraria, muito. Você tentaria falar alguma coisa, me pediria para mostrar minhas cicatrizes. Eu diria que não. Você ficaria bravo. Então eu diria que não é tão simples assim, porque simplesmente não consigo imaginar um final bonito pra essa história, onde eu voltaria feliz pra casa e você voltaria pensativo, após me dizer tudo que preciso ouvir. Mas não posso te contar, tenho medo de puxar o gatilho pra ti, de ser má influência. Mas, é claro, não vou falar isso pra você porque eu sou imperfeita. Gostaria muito, muito, muito que lesse isso e então me ligasse. Mas mesmo assim eu não conseguiria dizer nada, então nos encontraríamos pessoalmente, e olharia nos teus olhos, tão lindos, com medo de enchê-los de lágrimas. 
Tarde demais.
Estou chorando. Você me abraçaria. E,
em caso você esteja se perguntando a quem eu me refiro, é você mesmo. É quem está lendo. É quem me conhece de verdade. É quem pode me ligar e vir até a minha casa. 
Talvez esse seja o final para essa história. Eu, em casa, me perguntando porque eu falo pra você entrar no meu blog. 
É, talvez eu fale.
É um talvez tão grande.

Um comentário:

  1. Adorei seu texto, quer dizer não só esse, mas todos os outros. as vezes criamos enredos demais na nossa cabeça e as outras pessoas não fazem como manda o script.
    Deixa eu te perguntar, os outros textos, você se sente assim ou é ficção?
    beijos

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